COLUNA GUILLERMO PIERNES
A escolha dos tacos e a força
por GUILLERMO PIERNES

Coluna Guillermo Piernes

Paciência é a melhor das virtudes de um golfista.

A impaciência se paga caro no campo do golfe e também leva aos iniciantes no esporte a adquirir tacos inapropriados após umas poucas aulas, quando a escolha deve ser o resultado de um processo meticuloso que marcará o maior ou menor sucesso nos gramados.

Um dos erros mais comuns dos iniciantes em golfe e comprar tacos após um par de classes, quando ainda não foi definida a característica do futuro jogador, a velocidade do swing, entre outros fatores que definem o desempenho.

Nos Estados Unidos, reputados professores estimam que 70% dos jogadores utilizam tacos inapropriados ou pelo menos eficientes para o tipo de jogador.

No Brasil não tenho ideia. Ouvir, ler e discutir deve integrar a cartilha de todo comprador de tacos de golfe. Várias opiniões devem ser ouvidas. Orientações de um bom profissional ou de jogadores experientes deveriam ser básicas.

A vara muito longa ou curta provoca a alteração do swing afetando o contato do taco com a bola. A rigidez ou flexibilidade da vara depende do tipo de swing.

Uma vara muito rígida fará que a bola tome efeito se batida por um jogador de swing lento porque o impacto da cabeça do taco com a bola não será perfeitamente perpendicular.

Cada um dos 14 tacos tem um grau de inclinação ou loft. São muitas as boas marcas. Existem numerosas combinações de formato de cabeça de tacos, varas e grips. A escolha das variáveis é decisiva.

Lojas de clubes, estabelecimentos especializados atendidos por bons profissionais são os melhores caminhos para encontrar os tacos mais apropriados.

O fitting ou a preparação dos tacos na medida do jogador ajuda muito potencializando a tacada e tirando o melhor proveito do instrumento.

Os tacos sozinhos não fazem milagres. A mente do jogador é a peça mais importante do equipamento, porem certamente o jogo será mais agradável com tacos mais compatíveis e assim traduzir melhor o imaginário para a realidade.

“O golfe não é força”, sem dúvidas porem o golfista precisa estar forte para ajudar a sua mecânica, técnica, talento, inteligência e estratégia.

Além de uma musculatura tonificada ser uma boa proteção para tendões e articulações, diminuindo assim as probabilidades de lesões durante o jogo, o swing de golfe é extremamente exigente na parte muscular.

Para executar um swing de golfe para um tiro com driver ou madeiras, a mídia dos golfistas utiliza mais de 13 quilos de músculos e todas as articulações para criar em apenas dois segundos uma força de quase 800 quilos e possibilitar a máxima aceleração da cabeça do taco, estima o Tilteist Performance Institute.

O lendário sulfricano Gary Player insiste na preparação física no golfe como ponto decisivo para uma boa performance em campo.

Tiger Woods foi inicialmente alvo de avalanchas de criticas quando passou a treinar a um ritmo fortíssimo usando bastante peso no ginásio.

Depois foi a vez do irlandês Rory McIlroy chegar a numero um do ranking mundial com quase o dobro de musculatura que tinha ao se tornar profissional.

“Fale com suavidade, e carregue um grande porrete”, é um ditado africano popularizado por um ex-presidente dos Estados Unidos.

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