COLUNA GUILLERMO PIERNES
Esporte de elite e que emagrece
por GUILLERMO PIERNES

Coluna Guillermo Piernes

Nouveau riche ou elite?

Em tempo, a característica atribuída ao novo-rico é a de alguém que subiu economicamente, pero carece da educação apropriada para circular convenientemente no novo segmento social. Em síntese, um mal-educado.

O golfe é um esporte de elite, não de novo-rico. O golfe é milenar se consideramos que as suas origens se remontam a 1.100 atrás na China, quando os nobres jogavam com tacos e bolas numa espécie de putting green ou quando antes da chegada dos europeus a América se aprovavam na Escócia as regras do golfe moderno privilegiando a integridade, a educação e o respeito.

O elitismo do golfe deve ser exclusivamente ético e intelectual. Um esporte que não se surpreende quando um jogador denúncia sua própria falta, onde tirar vantagem indevida é rigorosamente punido.

Qual é o impacto dessa conduta generalizada para um país? Na Suécia o golfe é o esporte mais praticado pela juventude. Que coincidência: Suécia também é um dos países com menor índice de corrupção.

Nas minhas palestras para empresas busco transmitir esses valores do golfe, além da contribuição para o foco, concentração, perseverança para os executivos. Gostaria de receber mais convites de empresas para seguir expondo as benesses individuais e coletivas do golfe.

É um pingo no oceano de futilidade, falta de educação e esperteza. Mais até o último buraco seguiremos junto a muitos outros jogando pelas regras, como nos ensinou esse esporte de elite.

O golfe é um esporte exigente para o corpo além de uma excelente ferramenta da saúde física e mental. Os diferentes estudos da medicina esportiva são conclusivos sobre os benefícios do esporte que sofreu durante anos o preconceito que era leve demais.

Uma volta de 18 buracos de golfe, que em média significa caminhar num percurso de sete quilômetros durante quatro horas, provoca em média a perda de 1.400 calorias, nada mal quando muitos pensam que jogar golfe não requer maior esforço físico.

Com três dias de golfe ou seja 54 buracos por semana, uma pessoa se afasta de maiores problemas cardíacos e pressão alta com a queima de perto de mais de 4.000 calorias semanais.

“O movimento do swing do taco de golfe provoca um significativo gasto de energia”, disse Neil Wolkodoff, diretor do Rose Center de Ciências da Saúde e o Esporte, de Denver, Estados Unidos. Deveria ser um dos esportes mais indicados para pessoas com mais de 40 anos ou ligeiramente fora de forma.

Ao contrario de esportes que exigem grandes picos de esforço e conseqüente perigo de falha cardíaca, o golfe nunca exige o coração além do nível de batimento seguro. Os médicos recomendam um esforço máximo para o coração medido num número de batidas cardíacas que corresponda a 80% da operação 220 menos a idade do praticante. Ou seja para um homem de 40 anos seria um batimento cardíaco máximo de 144, para um homem de 50 de 136 e para um esportista de 60 anos de 128 batimentos.

Um estudo do Karolinska Institutet, importante centro de pesquisas sueco, concluiu que os golfistas tem uma expectativa de cinco anos maior que os que não praticam o esporte. Os pesquisadores Anders Ahlbom e Bahman Farahmand também chegaram à conclusão de que jogadores de handicap baixo são os maiores beneficiados pela prática do esporte.

"Manter um handicap baixo significa jogar muito. Isso dá suporte à idéia de que é o próprio jogo é bom para a saúde". Para chegar a essas conclusões, foram pesquisados dados de 300 mil golfistas suecos.

"Uma partida de golfe significa estar ao ar livre por um período que oscila entre quatro e cinco horas, caminhando num ritmo rápido por cerca de 6 e 7 quilômetros. Todos sabem que isso é mesmo bom para a saúde", considerou Ahlbomo. "As pessoas jogam golfe até a velhice. Também existem os aspectos sociais e psicológicos do esporte que podem ser úteis", completou.

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